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Em 2022, focos de incêndios florestais em parques caem 80% em Goiás

Ações preventivas e resposta rápida das brigadas contribuem para redução de queimadas. Lançado neste ano, Monitor de Queimadas utiliza tecnologia para detectar pequenos focos de incêndio em unidades de conservação


Fotos: Pedro Vieira.

A área queimada por incêndios florestais em unidades de conservação (UCs) teve redução de 80% em Goiás durante a estiagem deste ano. Os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) comparam os mesmos períodos de 2022 e 2019. No primeiro ano da atual gestão, o total queimado foi de 24.409 hectares. Em 2022, está em 4.670 hectares.

Como destaca a titular da Semad, Andréa Vulcanis, a redução é resultado do trabalho preventivo iniciado em 2019, a exemplo de aceiros e contratação de brigadas de incêndio. "Hoje Goiás conta com seis polos de brigadas que combatem incêndios florestais em todas as regiões", esclarece.

A resposta rápida das equipes de brigadas também colocou fim aos pequenos focos antes que tomassem grandes proporções. Em 2022, a brigada já realizou 78 combates no interior e entorno das unidades de conservação estaduais, totalizando mais de 718 horas de trabalho.

A secretária lembra ainda que, além do trabalho de prevenção adotado pelo Governo de Goiás, por meio da Semad e Corpo de Bombeiros, a população tem grande responsabilidade no processo de proteção das unidades de conservação. E lamenta que quase 100% das ocorrências de incêndios florestais sejam em decorrência de ações humanas. "São pessoas que ainda jogam resto de cigarros às margens das rodovias, que ateiam fogo em lixo doméstico", alerta Vulcanis.

Medidas
Segundo a superintendente de Unidades de Conservação e Regularização Ambiental da Semad, Mariana Moura, as ações preventivas têm início ainda no mês de janeiro. Isso para que as UCs estejam protegidas no início do período de estiagem, quando há incidência de altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e grande quantidade de vegetação seca, que funciona como combustível para as queimadas.

Como a previsão para 2022, feita pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), apontava para um ano atípico, de seca extrema, no início de agosto o governador Ronaldo Caiado editou decreto de situação de emergência ambiental no Estado por 120 dias.

Sob a tutela do documento, órgãos que integram o Comitê Estadual de Gestão de Incêndios Florestais adotaram, conforme suas competências, medidas necessárias para prevenir ou minimizar as ocorrências e os efeitos das queimadas. O Cimehgo monitora os focos de queimadas e emite boletins e mapas com prognósticos de risco de incêndio e áreas de maior probabilidade de ocorrência em todo o Estado.

Outra medida adotada pelo Governo de Goiás foi a ampla divulgação de campanha de conscientização acerca dos impactos causados pelos incêndios florestais. A peça publicitária que coloca a população como ator importante nas ações de prevenção às queimadas chegou até os goianos por meio de canais de TV, rádios e outdoors.

Monitor de Queimadas
Em junho, durante a Semana do Meio Ambiente, a Semad também lançou mais uma importante ferramenta tecnológica na proteção dos recursos naturais. O Monitor de Queimadas alia precisão de satélites ambientais com geotecnologia e detecta pequenos focos de incêndios de até três metros quadrados, permitindo assim a previsibilidade de utilização de mão de obra necessária ao combate.

A ferramenta opera uma rede de proteção e disseminação de informações entre todos os órgãos parceiros. Integram a rede Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros, as defesas civis municipais, secretarias de Meio Ambiente dos municípios, coordenações de UCs e demais órgãos da Administração Pública.

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