Ferramenta
utilizada pelo Hemolabor tem o intuito de complementar o prontuário
convencional, proporcionando maior proximidade entre o paciente e equipe
assistencial
Diferente de um papel em preto em
branco, com informações pessoais básicas, nome completo, data de nascimento e
qual o motivo da internação, o prontuário afetivo que fica ao lado de cada
leito, traz muito mais humanização durante o período de hospitalização.
Implementado no Hemolabor há três meses, o documento que geralmente é
preenchido com cores diversas e desenhos, traz informações que aproximam a
equipe de cuidado com o paciente, que pode ser um apelido, nome dos filhos,
música e sobremesa favorita, entre outros.
A psicóloga do Hemolabor, Thalita
Agati, explica a diferença dos dois documentos. “O prontuário convencional é um
documento técnico do paciente que está na instituição de saúde e nele contém
descritas todas as evoluções dos profissionais que o assistem, como equipe
médica e equipe multiprofissional. Já o prontuário afetivo refere-se as
subjetividades. Nele está contido, por exemplo, como o paciente gosta de ser
chamado, sua música favorita, seu time de futebol, quais são os seus desejos, o
que gosta de fazer em momentos de lazer, sua profissão, entre outros. É uma
maneira do paciente sentir-se mais confortável e acolhido em um ambiente que
tem um estigma de ser apenas tecnicista, frio e de sofrimento”.
Thalita reforça que o prontuário
afetivo complementa o prontuário convencional. “O conhecimento técnico sem o
lado humano de pouco vale. Para o nosso paciente oncohematológico, essa
ferramenta humaniza o atendimento assistencial. Ela valida e o legitima
enquanto pessoa, dando voz ativa a quem está no centro do cuidado. Traz uma
assistência individualizada. E quem não gosta de sentir-se especial? Também
torna a comunicação mais assertiva e o ambiente hospitalar mais leve e
adaptativo, além de facilitar a relação da tríade paciente-equipe-família. É uma
maneira empática de criar vinculação e que consegue transpor o tecnicismo”,
reflete.
De acordo com a gerente de
Hospitalidade e Facilities do Hemolabor, Karollyne Moral, a iniciativa, que
complementa as ações de humanização na unidade hospitalar, está presente em
todos os apartamentos e enfermarias, buscando amenizar o difícil período de
internação. “O objetivo é promover maior proximidade entre o paciente e a
equipe assistencial, na tentativa de amenizar a dor e o sofrimento dos
pacientes durante o período de hospitalização. Com isso, é possível
proporcionar momentos de interação únicos, reforçando que o paciente é um
indivíduo com gostos e amores, e não apenas um histórico de doenças, exames e
medicamentos em prescrição”, explica.