“Explore as Emoções, Histórias e Paisagens em um Documentário Fotográfico e em uma série de vídeos da Cidade de Taguatinga “.
Vejam na íntegra essa grande entrevista com o Fotógrafo e empresário Getúlio Romão Campos.
1. Pergunta : Getúlio Romão Campos qual foi a motivação inicial de para iniciar esse projeto/documentário sobre Taguatinga?
Eu nasci, fotografo, meu pai e tios eram fotógrafos na década de 50 em Caratinga, MG. Aos 10 anos já era laboratorista do nosso Studio Foto Ideal. Em 1960 mudamos para Brasilia e vim morar em Taguatinga onde estou até hoje. Em 1962, meu pai deixou a empresa de ônibus que ele tinha para voltar a ter um estudio fotográfico em Taguatinga. Ele era especialista em “retratos” fotos de estúdio, eu cuidada das fotografias externas. Em 1963, passei a fotografar para a Sucursal do Correio Braziliense recém-inaugurada, onde fotografei tudo que acontecia na cidade por cerca de 15 anos. A partir de 1969, tirei a carteira de Corretor de Imóveis e passei a ter as duas profissões. Tenho mais de 15 mil fotos publicadas no Correio e em quase todos os jornais alternativos que existiram em Taguatinga. Minhas fotos antigas, tiradas desde 1962, fazem sucesso nas redes sociais e senti que precisava dar continuidade a perpetuar a memória.
2. Pergunta : Existe muita superação durante o processo de criação?
A fotografia é considerada uma arte porque permite ao fotógrafo expressar sua visão e perspectiva de forma criativa e subjetiva. Assim como outras formas de arte, como pintura e escultura, a fotografia permite ao artista se comunicar com seu público através de imagen
Vou contar para você, como era antigamente.
Hoje, todo mundo é fotografo e dos bons, graças aos celulares de última geração que tem maquinas fotográficas impressionantes, eu mesmo uso um Iphone 13 Pro Max que está substituindo minhas duas Nikons que uso para fotografar imóveis, pois hoje sou Corretor de Imóveis. Se eu tivesse este celular nos anos 60, seria o melhor fotografo da cidade.
Meu pai, José Romão Filho, foi um pioneiro na arte fotográfica. Fazer uma fotorreportagem era para poucos.
Mesmo no interior, em Caratinga (anos 50), ele, proprietário do Studio Foto Ideal, procurava se inovar. Adquiriu uma Speed Graphic, último modelo, custava o preço de um carro zero. O flash acoplado era acionado por uma lâmpada que “ queimava” com o clarão produzido e tinha que ser trocado por outra a cada foto.
Era muito difícil fotografar nada era automatizado. O fotografo tinha que calcular a claridade e colocar a abertura e a velocidade do diafragma, sem direito a erro. Mas a especialidade do meu pai era fotografia de estúdio. Era imbatível, poucos faziam como ele á nível Brasil.
Hoje, o fotografo clica uma foto e olha no visor, se não ficou boa tira outra….. outra…. outra…. até acertar.
Eu peguei o tempo do meu pai, fazia um casamento com 96 fotos (8 filmes de 12 poses), nada automatizado, flashs manuais, tudo tinha que ser calculado na hora. Só se sabia o resultado da qualidade das fotos tiradas após a revelação do filme.
Eu fazia casamentos com uma Yashica, Yashica Mat, LM, até que um dia cheguei a Rolleifex, uma máquina sem igual, mesmo sem fotômetro, flash frata de bateria líquida, até que em 1976 um dia comprei um Metz C3, uma revolução. Até então toda a regulagem era no olhômetro.
Até eu me aposentar como profissional de fotografia em 1986, eu tirei uns 500 casamentos, tudo muito simples, antes era Preto & Branco, depois em cores, nada como é feito hoje, fiz dezenas de bailes de debutantes com exclusividade, tudo era eu. Trabalhei na fotojornalismo, devo ter pelo menos umas 25 mil fotos publicadas nos jornais locais de Brasília.
Os amadores dos anos 50/60 tinham que se contentar com maquinas do tipo KAPSA, KODAK, todas super simples, tirava 8 fotos por filme, baixíssima qualidade, mas era o que tinha. Depois evoluíram para as máquinas 35mm, Pentax, Yashica, Minolta, fotografia era para poucos.
Eu aprendi neste ambiente, nos anos 60 já trabalhava no laboratório profissional do meu pai, fazia o revelador, fixador, imprimia, ampliava, fazia de tudo. Hoje, o mundo é um verdadeiro Big Brother, a cada esquina tem 10 cinegrafistas de plantão, uma centena de fotógrafos, registrando e compartilhando ao vivo.
3. Pergunta : Quem foram os principais colaboradores no desenvolvimento deste projeto, e qual foi o papel de cada um entre suas importâncias dedicadas?
O projeto nasceu por acaso, o aniversario de 65 anos de Taguatinga, teve a inauguração do Túnel Rei Pelé como principal atração e resolvi fazer umas fotos diferentes desde o amanhecer e fiz também vídeos, me entusiasmei e fui fotografando e filmando, daí pensei fazer um vídeo maior sobre a obra e o aniversário. Foi crescendo e adiei a divulgação do vídeo, até que cheguei a conclusão que merecia uma série com 21 temas diferentes. O quarto vídeo já foi postado. Dia 17 a população terá o vídeo 5,
4. Pergunta : Getúlio Romão, como você decidiu compartilhar seu trabalho com o público, e quais são as condições para obter um álbum grátis?
Pedi ajuda a profissionais de marketing, Pedro Albuquerque foi um deles, pois distribuir centenas e talvez milhares de álbuns manualmente seria muito difícil e resolvemos automatizar. Ao ver o vídeo no Youtube no computador é super fácil baixar os álbuns, alguns cliques e pronto, as fotos estarão de posse do meu seguidor, alguns veem o vídeo no celular, nas não é local ideal, tela pequena, som ruim, dificuldade de leitura das legendas, outros assistem na tela grande da TV, imagem maravilhosa, som espetacular, mas na TV não tem como baixar as fotos. É preciso um local com HD, os arquivos são muitos grandes, cada álbum tem cerca de 250 megas.
5. Pergunta : Além do YouTube, em que formatos as fotos deste projeto podem ser apreciadas?
Os vídeos, somente no Youtube, local que já tenho mais de 210 vídeos postados de diversos assuntos, fotos, somente baixando o álbum. Quando eu publico no Facebook fotos de eventos da cidade, geralmente disponibilizo um link das fotos do evento do Google Fotos. Tudo grátis, não sou mais fotografo profissional, fotografo por prazer a arte. Quem baixar as fotos tem 3 opções, mandar revelar e montar os álbuns, visualizar cada álbum na tela do monitor, ou juntar todas, colocar em um pendrive e plugar na TV com opção de Slide Show, e deixar rodando as 540 fotos na sala de espera do consultório e outros locais.
Taguatinga – Do amanhecer ao anoitecer.
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Fonte: BLOG OLHAR DIGITAL