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Dia Internacional da Mulher: Transformar a dor em força

 


Nesta data buscamos exemplos de inspiração, como de Iracema que enfrentou uma tragédia familiar e  fez uma travessia que se fortaleceu com um propósito de vida: cuidar da família e de centenas que vivem as dores da exclusão.

Fazem  23 anos que a  pedagoga  viveu a maior violência de uma mãe:a perda da filha Gabriele, com seis anos, arrancada do seu convívio por um motorista embriagado.A dor foi e continua muito forte, mas ela entendeu que a vida tinha que seguir com seu filho João Filipe e com o marido, Jornalista Francisco. 

A fé em Deus e solidariedade dos amigos impulsionaram a criação de  um projeto social com propósito bem claro: “Os direitos das PCD/TEA é uma questão  de justiça e o Instituto Gabi é pautado por esta bandeira”, declara Iracema.

A experiência da co-fundadora  está fundamentada em sua trajetória profissional na rede pública de ensino. Ali encontrou um cenário de ineficácia das politicas de inclusão. “A vivencia na sala de aula e na supervisão pedagógica me mostrou que o descaso da grande maioria das unidades públicas de ensino em relação às PCD/TEA em situação de vulnerabilidade social era muito evidente. Este  cenário persiste hoje na educação, saúde, cultura e na sociedade como um todo”, enfatiza.

Isto gerou indignação, mas acima uma resposta com a consolidação de um  projeto social sólido e transparente que transformou a vida de centenas de famílias que foram acolhidas e cuidadas com profissionalismo e compaixão. “Nós oferecemos atendimentos terapêuticas, oficinas, atividades de vida diária e prática a este público e ao mesmo tempo ajudamos as suas famílias na busca dos seus direitos”, prossegue. 

Nestas quase duas décadas e meia de serviço à inclusão dezenas destas pessoas foram inseridas e acompanhadas na escola e tiveram sucesso, outras no mercado de trabalho, foi oferecido suporte jurídico e todas  conquistaram autonomia e tiveram melhora na qualidade de vida”, conclui.

A transformação da dor em força não é um ato de magia, mas de muita determinação e resiliência. Um caminho que ela aprendeu e ensina:  é preciso cuidar de si para ajudar os outros.  Iracema vive intensamente esta mística, que nasce do amor e se alimenta na fé e no amor ao próximo. Além do auto-cuidado, ela cuida de quem cuida, ou seja, supervisiona e orienta os profissionais que estão na linha de frente no atendimento das PCD/TEA. 

Esta ação transformadora silenciosa é um movimento que se propaga e envolve voluntários e apoiadores que se solidarizam e abraçam a causa da inclusão. Hoje o Instituto Gabi é referencia na construção e políticas públicas e serve de fonte de pesquisa para instituições de ensino e de veículos de comunicação. Empresas, condomínios, Igrejas e outros segmentos  desenvolvem campanhas e projetos alinhados com os objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU. 

No Dia Internacional da Mulher a história de vida da Iracema se une a milhares de Marieles, Marias, Dorathys e de outras que lutam no anonimato. www.institutogabi.org.br

 


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